1. TEORIA E MÉTODO EM GEOGRAFIA
Amélia Damiani, Ana Fani Alessandri Carlos, César Ricardo Simoni Santos, Élvio Martins, Fábio Contel, Heinz Dieter Heidemann, Marcos Bernardino de Carvalho, Manoel Sousa Neto, Ricardo Mendes Antas Junior.
A abertura metodológica no âmbito desta linha de pesquisa tem como base a Geografia como ciência e enquanto tal seus fundamentos particulares, próprios, como ciência humana e social, e aqueles filosóficos mais amplos, significando seus aportes nocionais e conceituais situados na prática social e no âmbito da história das ciências, e em considerar o campo do pensamento geográfico na sua complexidade conceitual, consciente da realidade social interpretada, como processo social, e inserida em nexos relacionais com os demais campos do conhecimento científico.
A complexidade do acervo conceitual do pensamento geográfico significa a abertura a diferentes tendências teórico-metodológicas e através delas reconhecendo os embates no plano da ciência postos por cada época. Assim, esta linha de pesquisa não é compreendida enquanto uma articulação estrita de concepções, mas como totalidade aberta e tensionada por visões de mundo, inclusive, contraditórias. As concepções geográficas são examinadas no seu movimento de constituição, na sua potência interpretativa e nos seus limites, objetivando projetar o campo da geografia a novas possibilidades e diálogos. Esta linha de pesquisa abarca, portanto, a História do Pensamento Geográfico, compreendida não como cronologia, mas como busca de compreensão da historicidade do pensamento geográfico. Isto significa mergulhar em seu universo filosófico, em uma perspectiva que liga o pensamento científico ao filosófico e ao mesmo tempo, às condições sociais de sua produção. Ou seja, o tripé (inter-relacionado) – formado pela filosofia da ciência, pelo “momento-mundo” e pela ciência no âmbito de sua própria institucionalização-consolidação-reprodução – é que permite que teçamos a história do pensamento geográfico.